Trás-os-Montes : Nordeste de Portugal
O clima desta região reflecte a influência da cadeia montanhosa que abriga a região a Oeste (formada entre outras, pelas serras do Gerês e da Peneda) e a da sua posição no conjunto da Península Ibérica (note-se que o Nordeste Transmontano é a área portuguesa mais afastada do Oceano Atlântico, a uma distância pouco superior a 200 Km). Se no Noroeste de Portugal a precipitação chega a ultrapassar os 3000 mm, já na região do Nordeste Transmontano esta vai diminuindo à medida que se caminha para o interior, chegando a atingir apenas 600 mm nos planaltos orientais e menores quantidades, ainda, nas áreas rebaixadas, onde as influências atlânticas mal conseguem penetrar.
Quanto à temperatura, os contrastes térmicos acentuam-se do mesmo modo em Trás-os-Montes: Invernos mais frios e secos (com temperaturas inferiores a zero graus e com o solo coberto de neve, por vezes durante largos períodos) e Verões mais quentes. Há mesmo um velho ditado que diz que nesta região tem-se três meses de Inverno e três meses de inferno. Estas características físicas influenciam claramente as actividades rurais ainda muito ligadas às tradições.
No planalto transmontano, a organização do espaço rural está estruturada a partir das unidades de povoamento aglomerado (casas muito juntas umas das outras), características da região.
Em torno de cada aldeia ficam primeiramente as culturas mais delicadas e exigentes, como as hortícolas (antes também o linho), que é preciso regar e estrumar em abundância. Essas culturas aparecem também ao longo dos cursos de água, mas aí dominam os prados naturais, designados por lameiros.
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